Catedrais Medievais
As igrejas de RAVENNA e o futuro possível do gótico
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Ravenna, igreja de San Vitale, imperatriz Teodora e séquito. |
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Luis Dufaur
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A basílica de San Vitale, em Ravenna, na Itália, é uma igreja octogonal, em estilo bizantino com figuras em mosaico, paradas ‒ mas vivas! não têm nada de morto! ‒ postas na contemplação sobre um fundo dourado, desligadas das circunstâncias concretas, numa espécie de abstração pura.
O estilo românico não se confunde com o estilo greco-romano presente nas igrejas mais antigas de Ravenna, como o oratório de Gala Placidia.
O estilo greco-romano é o estilo grego com pequenas adaptações feitas pelos romanos.
O estilo românico é uma adaptação do estilo romano feita pelos bárbaros.
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Ravenna, igreja de San Vitale |
Ele manifesta valores de alma que não estavam presentes no espírito da civilização romana.
Quando a gente vê o românico, e depois vê o gótico, percebe que o gótico estava nascendo no românico.
Ravenna prenuncia o gótico, mas está marcada por algo de violentamente diferente que vem do romano antigo e do bizantino.
O gótico nas suas manifestações anteriores à Renascença dá a impressão de que chegou ao fim do caminho.
De que atingiu uma tal perfeição, que não se pode imaginar maior nessa linha, e que uma nova linha deve aparecer.
Linha nova que não é o contrário do gótico, mas é um salto para cima.
Esse salto corresponderia à história da humanidade.
O espírito dos homens tinha chegado a um ponto em que um dado inteiramente novo daria um impulso novo na linha do antigo. Isto é, na linha da tradição.
Se os homens tivessem sido fiéis à graça, teria aparecido algo que pressagiaria o Reino de Maria.
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Catedral de Canterbury, Inglaterra |
Apareceu, porém, uma coisa péssima: a Renascença neo-pagã e o protestantismo.
Não é excessivo conjeturar que se a humanidade tivesse sido fiel às graças da Idade Média, teria nascido algo na linha do Reino de Imaculado Coração de Maria.
Mas com qualquer coisa de novo que a gente não sabe o que é que é.
(Autor: Plinio Correa de Oliveira, sem revisão do autor)
Video: Ravenna: a pompa hierática da Igreja Católica
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